quinta-feira, 16 de agosto de 2018

13 anos de amor



O tempo passa e passa sem darmos conta. Quando vivemos algo tão bom não notamos o tempo a passar, parece que o tempo congela.
No nosso caso sinto isso mesmo, nem acredito que já fizemos 13 anos que estamos juntos, é muito tempo, mas esse muito tempo foi e continua a ser o mais maravilhoso da minha vida.
À 13 anos escolhi-te por tudo o que eras comigo, escolhi-te por seres diferente mas um diferente bom. Eras um misto de "bad boy" e um romântico. Conseguis-te me dar tudo o que eu precisava naquele momento da minha vida. Destes-me atenção quando mais ninguém me dava, ouvias-me quando mais ninguém o queria fazer, fazias-me rir quando me apetecia chorar. Não desistis-te de mim quando eu te dizia que te queria apenas como amigo. Foste o melhor amigo e o melhor namorado.
À 13 anos quando te disse que aceitava namorar contigo soube que eras o rapaz que iria ficar comigo para sempre, que irias te tornar o meu marido e o pai dos meus filhos. Sabia que não irias mudar ao fim de te sentires seguro. Naquele momento soube que o nosso amor era para sempre e que iria aguentar tudo o que se metesse no nosso caminho.
Soube que iríamos estar um para o outro. Foi mesmo isso que aconteceu e que continua a acontecer. Estamos sempre ao lado um do outro para nos apoiarmos e darmos forças quando estas desaparecem.
A nossa vida tem sido cheia de altos e baixos, têm sido de alegrias e também de desilusões. Tem sido de sonhos concretizados e outros que ficaram por concretizar. Tem sido cheia de derrotas e de vitórias. Não desistimos facilmente daquilo que queremos e defendemos os nossos ideias.
Neste momento tornamo-nos ainda mais fortes pois temos uma pequenina que temos que proteger deste mundo sombrio.
Ao fim destes anos todos continuo apaixonada por ti, é uma paixão diferente mas posso chamar de paixão. Continuo a achar-te um "bad boy" romântico, um menino com um coração bondoso e por vezes bom de mais. Continuas a ser o meu melhor amigo e o melhor marido.
Por muito que as pessoas tentem denegrir a tua imagem, mostrar um John que não existe não conseguem me fazer mudar de idias porque ninguém te conhece como eu te conheço.
Só te peço para nunca duvidares de ti mesmo, continua sempre a ser aquilo que és porque és um ser maravilhoso, com o teu  feitio mas bom.
É maravilhoso partilhar a vida contigo e a vida não acabou apenas acabou de começar pois agora estamos completos e pudemos construir o nosso mundo com os nossos sonhos.
Amo-te para sempre meu querido John...

domingo, 12 de agosto de 2018

O nosso Suricata e a nossa Lara...



Quando temos um animal de estimação e quando engravidamos o nosso receio é sempre de como ele irá reagir a este novo ser que vem para casa.
No nosso caso não foi assim muito diferente, estávamos bastantes receosos visto que o nosso Suricata é muito ciumento e está habituado a ter todas as atenções para ele.
Mesmo assim quando descobrimos que a Lara já estava na minha barriguinha começámos a fazer apresentações ao Suricata, dizendo que ali dentro estava a Lara e que ela ia ser a sua nova dona.
Inicialmente ele não ligava nenhuma mas com o tempo ele já começava a ter outro tipo de carinho com a barriga.
No dia em que a Lara nasceu começou uma nova fase para ele e pensando que não os animais têm sentimentos e percebem tudo o que acontece ao seu redor.
Ele notou que alguma coisa não ia bem quando a dona não voltou para casa.
Depois habituou-se ao facto de a dona vir só a casa ao fim de semana. E aos poucos, eu e o John, reparámos que ele ficava muito tempo a cheirar-nos, a questão que colocávamos era se ele percebia que aquele cheiro era o da Lara ou se apenas era um cheiro novo.
Neste tempo todo de internamento, continuámos a explicar ao Suricata que um dia a Lara vinha para casa e que ele tinha que cuidar dela.
O dia de virmos para casa chega e nós estávamos bastantes receosos, e se ele fica ciumento? Como vamos dar a volta à situação?
Pois bem, colocámos o ovinho no chão e dissemos que aquela era a Lara e não é que o nosso Suricata ficou todo feliz e não parava de cheirar a Lara?
Ficámos super felizes e essencialmente aliviados.
Agora a Lara não pode chorar que ele é o primeiro a ir lá e depois vem a correr para nos avisar. Quando temos visitas ele fica chateado e quer sempre ver o que se passa e o que estão a fazer à Lara.
Contudo e porque ele foi um cão exemplar continuamos a dar-lhe todo o amor e carinho que ele estava habituado e sempre que ele se porta bem ao lado da Lara damos uma recompensa.
Em forma de conclusão, posso afirmar que os animais de estimação podem nos surpreender muito. O segredo é nunca deixar de lhes dar aquilo que tinham antes dos bebés chegarem. Como disse os animais têm sentimentos e eles não podem nem devem se sentir trocados.
Eles serão sempre os nossos melhores amigos e o Suricata irá ser o melhor amigo e protector da Lara...

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A família é...

Sempre me disseram que família eram as pessoas do nosso sangue. Essas pessoas iriam estar e deviam estar sempre disponíveis para ajudar e apoiar. Sempre acreditei que não haveria melhores pessoas para nos proteger e para nós pedirmos ajuda.
No entanto, como cresci e aprendi a ver a vida com outros olhos, apercebi-me que família é algo muito mais complexo e não são apenas as pessoas que são do nosso sangue. Inicialmente, nos primeiros anos das nossas vidas sim, mas com o avançar da idade isso muda.
Vamos alargando a nossa família e muitas vezes apercebemo-nos que nem sempre as pessoas que sempre definimos como família estão no nosso lado.
Apercebi-me que a sociedade é tão imperfeita e nessa sociedade estão incluídas os nossos familiares. Fui vendo que a minha personalidade é tão diferente dessas pessoas que a relação iria ser apenas cordial.
Quando comecei a namorar decidi que a minha família iria ser muito maior pois uma relação também é isso, é aceitar a família do companheiro como sendo tua e assim fiz. Com isto reparei que as pessoas com quem cresci não aceitavam a minha nova forma de viver ou melhor a nova família que tinha acabado de adoptar. Começaram a julgar e a criticar mas à nossa frente estavam muito felizes e aceitavam muito bem a nossa relação.
É impossível viver assim, eu pelo menos não consigo. Se eu não gosto não consigo disfarçar mas tudo isto me ajudou a abrir mais a minha mente.
Fui muito bem recebida na família do John e por isso o meu carinho e amor que ainda sinto. Se somos perfeitos? Não, pois cada um de nós tem as suas personalidades mas aceitamo-nos uns aos outros.
Reparei que muitas vezes as pessoas de fora, como por exemplo amigos, conseguem nos proporcionar um ambiente familiar que as outras pessoas dita família não conseguem.
Então apercebi-me que pudemos ter vários tipos de familiares: os de sangue, os adoptados e os amigos. E cada um é responsável de criar uma relação saudável. Não discrimino nenhuma das minhas famílias mas confesso que há pessoas que me conquistam mais do que outras e posso dizer que são mais as pessoas que não são do meu sangue do que as pessoas com quem cresci.
Não nos pudemos esquecer que ao fim de estarmos casados ou união de facto, criamos a nossa própria família e essa é a nossa família principal, a que nos temos que preocupar. As outras só têm que aceitar a nossa forma de viver e acompanhar a nossa felicidade. Nem sempre se consegue mas vale a pena ver o esforço.
Estou muito feliz com a família que criei e não me arrependo de nada. Estou satisfeita com a família que adoptei (a do John) e com os nossos amigos.
Nem toda a gente compreende isso e por isso sou um pouco acusada de me esquecer da minha "verdadeira família". Eu não me esqueço das minhas origens mas cada um é responsável pelas suas atitudes e eu só estou com quem me sinto bem. Se isso magoa? Pode magoar mas estou cansada de agradar aos outros e quando chega a parte dos outros me agradarem a mim isso não acontece.
Se me derem amor, carinho e compreensão vou-me sentir feliz e terei muita vontade de partilhar momentos com essas pessoas, caso contrário quanto menos tempo passarmos melhor.
Para mim, família resume-se a isto... 

Imagem retirada de: https://www.amazon.es/Familia-escritura-estilo-familia-pegatinas/dp/B00IH46FGE

sábado, 4 de agosto de 2018

Limpeza...

Desde que fiquei grávida mudei um pouco e com essa mudança decidi que não quero na minha vida pessoas tóxicas.
Não esperava ter que tomar uma decisão destas tão depressa ou melhor com a pessoa que foi. Mas nós não prevemos o futuro.
Já sabia de muita coisa que essa pessoa, chamada pai, falava e pensava. Mas tanto eu como o John sempre fingimos que de nada sabíamos para tentar criar uma relação visto que agora tínhamos a Lara. Mas depois nós começamos a nos perguntar se era este tipo de pessoa que queríamos ao lado da nossa filha. O que essa pessoa poderia ensinar de bom a ela visto que as atitudes dele são à base da falsidade e hipocrisia?
O certo é que mesmo não a querendo ao lado da nossa filha não criámos nenhum impedimento até ao dia que tudo desaba. Óbvio que não irei contar pormenores mas tudo começou com uma preocupação minha para com o meu pai. Não foi nada para criar uma discussão mas o meu pai viu como uma provocação ou melhor como uma ofensa ao seu orgulho. Para ele ninguém lhe pode aconselhar de nada e muito menos a sua filha mais nova que ainda é uma criança. E porque fui eu me preocupar com alguem tão sábio e que sabe tudo, é quase um Deus da actualidade.
Daí começaram a surgir umas ameaças, umas indirectas ao meu marido. Não podia calar, à algum tempo que decidi que isso não voltava a acontecer, não posso mostrar à minha filha que temos que engolir tudo e mais alguma coisa e falarmos sempre com as pessoas que nos ofendem mesmo que estas sejam família.
O certo é que eu não consigo admitir que falem mal do meu marido porque a partir do momento em que o ofendem e faltam ao respeito é como se o fizessem a mim ao mesmo tempo. Quando ele começa a dizer que o John basicamente não vale nada e que tem muitas razões para isso e não me dá nem uma a coisa começa a ferver.
Naquele momento decidi que ele não iria ter mais uma relação de avô com a Lara e de pai comigo. Temos que ser realistas e admitir que é impossível criar uma relação com alguém que não aceita o pai da nossa filha. Com que cara o íamos aceitar em nossa casa ao fim das coisas que já sabíamos qu ele dizia e das coisas que disse agora?
Não somos falsos nem hipócritas como ele foi connosco este tempo todo.
No fundo pensei que ao fazer este ultimato de ou ele me explicava as suas razões ou então era a ultima conversa ele iria perceber que errou e iríamos chegar a um consenso mas o certo é que pelo contrário. Como ele disse, fizesse eu o que fizesse era para o lado que dormia melhor. Ora bem ao fim de ouvir tal coisa do meu pai não poderia tomar outra decisão a não ser expulsá-lo da minha vida. Se o orgulho é mais importante que a sua filha não me tenho que calar e ouvir.
Ali vi a importância que eu e a Lara temos para ele. Quando a decisão foi directa e definitiva ainda ouvi mais coisas que me deixaram em choque uma delas foi "tu vais sofrer". Vejo isso como um desejo dele e não posso aceitar que o meu próprio pai me deseje sofrimento.
Tudo isto mostra que nem sempre a família é a mais importante e que agora que temos uma filha que por muito tempo vai ser um ser inocente temos que pensar muito bem com quem queremos que ela conviva.
Neste momento tirei uma pessoa tóxica da minha vida e da minha família. Não há volta a dar pois este senhor que diz ser meu pai já não é a primeira vez que me faz uma cena destas. Já dei as oportunidades suficientes para ele mudar as suas atitudes e ao fim destes anos todos as atitudes são as mesmas.
E se isto foi o começo estou preparada para fazer uma limpeza à minha vida...

Imagem retirada de: https://astrologymemes.com/t/toxic?since=1476661035%2C2855483%2C1.000000