quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A gravidez aos meus olhos


Até agora a gravidez tem sido um ensinamento. Durante a gravidez mudamos o nosso humor ( mesmo que seja algo involuntário), começamos a pensar em certas coisas de forma diferente.
No meu caso as hormonas na gravidez fizeram com que não fosse tão carinhosa com o John e não é porque não tenho vontade é mesmo por causa das hormonas. Apesar de melhorar com o tempo ainda nada é igual ao que era antes. E por isso é tão importante ter um marido que nos compreende e que fica ao nosso lado mesmo com o mau feitio.
O meu John foi o grande pilar para aguentar todos os momentos maus e bons da gravidez. E isso sabe tão bem, saber que o meu marido compreende o que se passa.
Depois por muito que não queira pensar no que se passou é impossível. Para quem passa por abortos a próxima gravidez é vivida com medos. Então se for como eu que tive alguns sustos o passado não nos larga.
E com tanta coisa a acontecer nem notamos os meses a passar. Eu nem notei os primeiros meses. Entre enjoos, vómitos e medos o primeiro trimestre passou.
O segundo trimestre já está a meio e só agora começamos a viver e sentir mais a gravidez.
Pode ser tarde, para mim foi o momento certo. Primeiro porque tudo o que estamos a viver neste momento é novo. Pela primeira vez vou a meio do 2° trimestre e os medos do passado já estão a ficar no lugar deles: o passado.
Agora já sentimos a nossa sementinha e é tão bom.
A gravidez é vivida de forma diferente por cada mulher o importante é que os pais se sintam bem e que sintam que estão a fazer tudo o que gostariam de fazer.
Até agora a nossa gravidez tem sido vivida de forma totalmente diferente do que sempre imaginei e sabem que mais? Sinto-me feliz e realizada e sei que num futuro não irei me arrepender das decisões tomadas.
Sejam felizes e vivam este momento à vossa maneira e não à maneira dos outros...

Imagem retirada de: https://www.etsy.com/listing/224210670/new-baby-gift-happiness-is-on-the-way

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Contar ou não?


Esta gravidez está a ser muito diferente da anterior.
Nesta decidimos não contar logo que estamos grávidos.
Como no início tivemos alguns sustos decidimos manter segredo. Por uma simples razão, se por acaso acontecesse alguma coisa não teríamos que dar explicações a ninguém.
Na última gravidez custou-me bastante ter que contar tudo o que se estava a passar. Pensando que não quando uma pessoa passa por um aborto o que não se deseja é ter que dizer "já não estou grávida". Então desta vez a gravidez está a ser um segredo.
As únicas pessoas que sabem são os meus sogros pois mesmo que o nosso desejo tenha sido o segredo deles é impossível.
Como já referi eu fiquei de baixa logo no início e vivendo no andar de cima dos meus sogros era um pouco impossível manter segredo.
Tirando isso ninguém sabe e foi a melhor decisão que tomámos.
Pensando que não foi muito melhor pois sempre que havia algum susto apenas eu e o John sabíamos. Não recebi telefonemas diários como na outra. Consegui relaxar nos momentos mais difíceis pois a única pessoa a quem tinha que dar explicações era ao meu John.
Mas agora sei que vou ter um stress quando for para contar à minha família. Vão vir os ciúmes por os meus sogros saberem, vão vir as indiretas por ter escondido este tempo todo e para ser sincera não me apetece nada contar. Por outro lado prefiro fazê-lo antes de estar perto do parto mas ainda não tenho vontade.
Enfim só espero que respeitem e aceitem a nossa decisão. Para mim a gravidez é do pai e da mãe não das outras pessoas. As outras pessoas só têm que respeitar as decisões dos pais...

Imagem retirada de: http://virtualmarketingpro.com/blog/aceitecristo/duvida-x-fe/

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Resumo do meu 1° trimestre


A gravidez é uma dádiva da vida não há dúvida nenhuma. Mas nem todas as grávidas têm a sorte de ter uma gravidez, principalmente os primeiros 3/4 meses, boa sem sintomas fortes.
Eu pertenço à percentagem das mulheres que sofrem. E não falo dos medos do passado.
Podem dizer que posso não ser correta mas foi o que senti durante todo o meu primeiro trimestre. Eu não me sentia grávida eu sentia-me doente. Sabem quando passam o dia a vomitar? Quando vomitam mais do que comem? Quando perdem a força por já não conseguirem mais?
Pois eu fui assim. Todos os dias sem exceção vomitava entre 5/7 vezes e só conseguia comer no máximo 3a4 vezes ao dia. E quando digo comer não pensem que era um banquete.
Comia melão, gelatina, bolachas, e tudo vinha para fora. Até água enjoava. Bebia água, no segundo a seguir estava cá fora.
Sou muito sincera, sentia-me bastante mal que nem me lembrava que estava grávida. Não conseguia falar muito com o John pois até isso me fazia enjoar.
A  gravidez não é algo maravilhoso no primeiro trimestre e não podemos ter medo de o dizer. Eu detestei os primeiros 3/4 meses. E isso não significa que não amava a minha sementinha apenas não conseguia se quer pensar nisso.
Por isso e por solidariedade a todas as grávidas que sofrem tanto ou mais como eu força que tudo acaba por passar.
Dica: não aguentem até à última só porque é tudo por um bem maior que se chama filho. Quando notarem que estão a passar a linha do limite falem com o médico e se for necessário peçam para irem passar um dia ou mais ao hospital para vos hidratar e alimentar. Eu fiz isso e foi como se tivesse recarregado a energia. No meu caso estive apenas um dia a levar soro e no fim jantei para me darem alta.
Por muito bem que queiramos à nossa semente não podemos esquecer a nossa saúde pois numa gravidez não é apenas o bebé que importa a mãe também é bastante importante...

Imagem retirada de: https://hs.boisestate.edu/agriculturalhealth/study-participants-2/

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Primeira consulta (oficial)




Dia 21 de Agosto foi a primeira consulta oficial, pois ir às urgências foi apenas uma preparação para esta.
Nesta consulta o John já podia entrar, ver e ouvir tal como eu.
Apesar de ter saído das urgências com uma boa notícia confesso que ia um bocado com medo. Tinha medo que alguma coisa pudesse não estar bem.
A médica é super querida, atenciosa e dá-me tanta segurança que tudo se torna cor de rosa.
Fizemos a ecografia e ouvimos o coração da nossa pequena sementinha, e que forte batia.
Depois a médica viu tudo o resto e a explicação que ela nos deu foi que poderia ter havido um pequeníssimo descolamento mas que já não havia nada. Tudo estava no sítio certo e tudo normal.
Uffff que alívio...
Recomendação da médica: baixa por gravidez de risco e repouso, muito repouso.
E assim foi, só me levantava para ir para a sala, comer e ir ao wc. E a sorte de eu ter um John é grande. Ele não deixava fazer nada e é super atencioso.
Dica: os maridos fazem parte desta etapa e tem que a viver tanto como as mães. Os maridos são muito importantes para nos darem segurança e para sentirem que, apesar de a sementinha não estar dentro deles, eles podem viver o mesmo que nós...

Imagem retirada de: https://www.consumerreports.org/doctors/how-to-find-a-good-doctor/

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Os pesadelos do passado


No dia a seguir a termos um positivo fomos passear e durante o dia tudo correu bem. Estava tudo normal mas ao fim do dia quando fui à casa de banho, vi um bocadinho de sangue. Primeiro pensamento foi: não posso acreditar que vou passar por tudo de novo.
No dia seguinte já não tinha nada e por isso fiquei mais aliviada.
Desta vez não fui logo para as urgências pois, por experiências passadas, só iria me deixar mais stressada e sem certezas de nada. Desta vez decidimos deixar que a vida decidisse.
Visto que parou o sangue aproveitei para combinar e fui passar um fim de semana com a Sophy, que já está uma esperta e já chama a tia.
Primeiro dia tudo bem. Não há sangue é um óptimo sinal.
Pois o que é bom acaba rápido e na manhã seguinte ao fim de ir às compras perdi sangue mas desta vez em maior quantidade.
Confesso que já não aproveitei bem o resto do dia e decidi não ir às urgências.
O que fosse para acontecer tinha que acontecer. Desta vez não quisemos forçar nada.
No entanto, como já tinha marcado consulta, quando ligaram a confirmar a mesma aproveitei para falar com a minha médica e ela aconselhou a ir ter com ela às urgências do dia seguinte.
Como é óbvio eu fui mas já mentalizada que iria receber uma má notícia.
E quando se diz que a esperança é a última a morrer é verdade: saí de lá com uma imagem de uma sementinha com um coração já a bater.
Apesar de sangue nunca ser bom sinal às vezes podemos ter boas notícias. Não tive descolamento e estava tudo no sítio certo...

Imagem retirada de: https://weheartit.com/entry/8580326

sábado, 3 de fevereiro de 2018

O veredicto


Estou de férias a começar a aproveitar as minhas férias. Estamos em início do mês de Agosto e como já referi não estava nada confiante para obter um positivo neste mês. Em contrapartida estava confiante que iria aproveitar as férias para conceber um bebé com o meu John.
No entanto, e porque tudo se torna mais bonito quando acontece sem estarmos a contar, a minha menstruação estava atrasada.
Aí a esperança chegou e comecei a ficar ansiosa e a pensar se teria ou não um positivo.
No dia 5 de Agosto não aguentei e fiz um teste.
E surpresa: tinha um positivo.
Não podia acreditar,  o John ainda estava a dormir e então decidi escrever um pequeno bilhete. E foi tão lindo quando ele acordou e leu.
Não podíamos estar mais contentes.
O nosso pensamento nesse momento foi: vamos para mais uma aventura.
Decidimos não deixar de fazer a nossa vida normal pois já sabemos que tudo no início é incerto e por muito que tentemos evitar o que terá que acontecer acaba por acontecer...

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

As férias


 Dizem que as férias são propícias a se fazer bebés visto que uma pessoa está mais relaxada.
Foi o que eu decidi fazer: relaxar e aproveitar.
Apesar de nunca se conseguir desligar totalmente do desejo de ser mãe, tentei aproveitar o tempo sem pensar muito se iria ficar grávida ou não.
Fui passear muito com o John, divertimo-nos muito e aproveitámos o tempo de férias que nos foi possível.
Entrei de férias em Agosto e seria nesse mês que iria confirmar se teria um positivo ou um negativo.
Uma dica: as férias são sem dúvida a melhor altura para se conceber um filho por isso tentem sempre que poderem mas se estiverem com dificuldades aproveitem as férias...

Imagem retirada de: http://www.cyplon.co.uk/holiday-types/

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Durante o 2º round



O 2° round aconteceu no mês de Julho. Comprei então os testes de ovulação da clearblue.
A primeira vez que utilizei estes testes resultaram na perfeição mas desta vez alguma coisa não estava bem. Fiz todos os testes (10) e todos deram negativo.
Como é possível se o médico no hospital me disse que iria ovular entre o dia 18 e 20 de Julho?
Apesar dos negativos fomos aos treinos nessa altura mas foi uma razão para eu desistir deste mês apesar da confiança do John, eu já não acreditava que pudesse surgir uma gravidez nesse mês.
Achei tudo muito estranho. Já nem era o facto de poder ou não engravidar. O que me estava a matar a cabeça era o facto de tudo dar negativo, ou seja, não ovular.
Por isso deixo aqui um conselho a quem pense utilizar estes testes:  não façam só com a urina da manhã pois, como diz no folheto informativo, a hormona que deteta a ovulação pode estar mais ativa num outro período do dia.
Na primeira vez que utilizei estes testes eu fazia sempre à tarde pois trabalhava à noite e era quando acordava. Esta vez, uma vez que estou a trabalhar de manhã, fazia quando acordava.
Devemos ler bem o folheto para não gastarmos dinheiro e fazer uma má utilização...

Imagem retirada de: http://postback.geedorah.com/editoriales/editorial_20090216.html